Justiça Eleitoral condena Dr. Aluízio após ataques contra prefeito de Macaé

A Justiça Eleitoral da 254ª Zona Eleitoral de Macaé determinou nesta terça-feira (17) a aplicação de uma multa de R$ 5 mil ao candidato do PDT à prefeitura, Dr. Aluízio, e ordenou a remoção de um vídeo polêmico das redes sociais. No material, o pedetista associa o atual prefeito e candidato à reeleição, Welberth (Cidadania), ao tráfico de drogas – acusação que provocou forte reação no cenário político local.

A ação foi movida pela campanha de Welberth, que denunciou o uso de um vídeo anônimo, amplamente disseminado na internet, sem qualquer respaldo em investigações, processos judiciais ou provas concretas. Segundo a denúncia, Dr. Aluízio teria utilizado o perfil do Instagram “A Voz do Macaense” para disseminar o conteúdo.

Em sua defesa, o candidato do PDT negou qualquer vínculo com a página em questão, afirmando que ela é administrada por terceiros, sem qualquer ligação formal com sua candidatura. Ele também recorreu à proteção constitucional da liberdade de expressão, argumentando que suas falas foram baseadas em informações e fotos já publicadas nas redes sociais.

Contudo, a Justiça Eleitoral foi categórica ao determinar que Dr. Aluízio extrapolou os limites da liberdade de expressão. O magistrado observou que o vídeo, além de citar nominalmente Welberth e seu irmão, os vincula ao tráfico de drogas de forma especulativa e desabonadora, sem apresentar evidências concretas, configurando propaganda negativa.

Na sentença, ficou determinado que Dr. Aluízio não poderá fazer novas veiculações dessas acusações, sob pena de novas multas no valor de R$ 5 mil por reincidência. Além disso, o vídeo deve ser removido das páginas “A Voz do Macaense” e “Boletim de Macaé”, bem como de qualquer disseminação via WhatsApp.

A escalada de acusações

O embate público entre os dois candidatos intensificou-se nas últimas semanas. Em um vídeo publicado há cerca de dez dias, Dr. Aluízio acusou diretamente Rezende de envolvimento com o tráfico de drogas, apontando o irmão do prefeito como a suposta conexão. Aluízio também alegou ter feito denúncias às polícias Civil e Federal.

“Ligar o governo de Macaé ao tráfico de drogas é algo insustentável. O irmão do prefeito, que vem sendo citado há anos por esse suposto envolvimento, agora parece ter materializado essas suspeitas. Prefeito, você precisa vir a público desmentir isso, ou vai ter que admitir que seu irmão e aquelas pessoas são avatares”, declarou Dr. Aluízio em um de seus vídeos mais incisivos.

Welberth, por sua vez, respondeu adotando um tom mais conciliador. O prefeito defendeu o respeito mútuo entre os candidatos e reafirmou que tomaria as devidas medidas legais e judiciais para se proteger das acusações infundadas. O chefe do Executivo destacou que, desde o início da campanha, comprometeu-se a focar em propostas, lamentando o que classificou como ataques desesperados e infundados.

“No começo da corrida eleitoral, fizemos um vídeo pedindo por uma campanha limpa, sem ataques pessoais, voltada para propostas de melhorias para Macaé. Agora vemos ataques que em nada contribuem para o debate. Atingir a honra de alguém e ferir sua família com mentiras é sinal claro de desespero”, rebateu Rezende.