Câmara de Macaé inaugura exposição nessa quarta, 15, sobre história de sua antiga sede

O Centro Cultural e Museu do Legislativo de Macaé recebe, nessa quarta-feira, 15, a exposição “A Casa e o Tempo”, que apresenta a história do prédio que abrigou a sede do Legislativo macaense entre 1886 e 2012.

Construído em 1838, servindo de residência do pai e depois do próprio Visconde de Araújo, o edifício histórico chegou a receber o então imperador Dom Pedro II, em 1847, além de ter sido utilizado como Tribunal do Júri, além de ter sido sede da prefeitura municipal, entre 1913 e 1992.

Com abertura a partir das 9h, a exposição tem como autor e curador o servidor público municipal Meynardo Carvalho, que conta que, entre outros fatos relevantes, a construção testemunhou tratativas e decisões como a elevação de Macaé à condição de cidade, em 1846, entre outros fatos históricos.

A exposição registra reformas como a que ampliou o prédio em direção à Rua Direita, entre 1926 e 1927, dando ao edifício da Praça Gê Sardemberg, no Centro, o formato atual, com linhas neoclássicas.

Segundo Meynardo Carvalho, a ideia da exposição surgiu de uma solicitação do presidente da Câmara de Macaé, vereador Cesinha (CIDADANIA), visando abrir ainda mais o espaço que foi transformado em museu, biblioteca e escola legislativa em 2016.

“O objetivo era tornar esse espaço público um equipamento cultural ainda mais aberto à população para que ela pudesse conhecer esse patrimônio de grande valor”, contou o autor e curador da exposição.

Para Cesinha, a exposição, assim com a abertura do prédio para outras atividades culturais, tem um papel fundamental no resgate da história macaense, desde os tempos da monarquia, com todas as suas controvérsias.

“Macaé cresceu muito ao longo das últimas décadas, atraindo milhares de pessoas. Precisamos contar para os mais jovens sobre a nossa cidade antes da chegada do petróleo, quando ainda era uma vila de pescadores. Mesmo pequena, sempre foi palco de fatos que contribuíram para as mudanças no país”, afirmou Cesinha.

De acordo com Meynardo Carvalho, que também é historiador, também é importante lembrar que o prédio pertenceu à família do Visconde de Araújo, comerciante português que enriqueceu com o tráfico de escravizados.

Segundo a Câmara Municipal, a exposição ficará aberta ao público até novembro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 17h, contando com peças como retratos dos portugueses que construíram o prédio, pintados por autor desconhecido.

A exposição conta ainda com uma imagem de uma taça de cristal francesa (copo de pé Baccarat), da família Araújo, uma réplica do quadro de Dom Pedro II, de Jules Le Chevret, de 1862, e uma ilustração do prato comemorativo da visita imperial, de 1847, estão entre as atrações, reproduzidas a partir do acervo de outras instituições e também de acervos particulares.

“A exposição, que também registra a transição desde a Macaé observada pela construção histórica, até o município atual, atravessado pelas mudanças que fizeram com que seu apelido passasse de Princesinha do Atlântico a Capital do Petróleo”, revela o Legislativo.

A mostra, que acontece até 30 de novembro, no prédio histórico da Avenida Rui Barbosa, 197, Centro, conta também com acessibilidade para deficientes visuais e códigos QR que aprofundam as informações disponíveis para os visitantes.

 

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