No Dia Mundial do Acolhimento Familiar, saiba como funciona serviço de acolhimento temporário de crianças e jovens afastados da família em Macaé

Nesta sexta-feira (31) é o Dia Mundial do Acolhimento Familiar, e em Macaé, no Norte Fluminense, tem uma iniciativa solidária que permite que famílias participem do “Serviço Família Acolhedora”, realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade.

A ideia é que elas possam abraçar crianças e adolescentes afastados de suas famílias por alguma questão de risco ou violação de direitos.

Nesse caso, o acolhimento ocorre de forma temporária para crianças e jovens entre 0 e 18 anos.

Atualmente, o município tem duas crianças em acolhimento e três famílias cadastradas, mas a coordenadora do Serviço Família Acolhedora, Milena Paradellas, destaca que é preciso aumentar o número de famílias acolhedoras e que trata-se de oferecer um ambiente familiar e residencial, garantindo uma atenção individualizada.

“O acolhimento é uma medida de proteção, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), destinada a crianças e adolescentes que precisam ser afastados temporariamente de sua família de origem. A família acolhedora tem essa característica de convivência social diferente dos abrigos. É uma modalidade temporária até que seja encontrada uma solução de caráter permanente para a criança ou adolescente. Seja pela reintegração familiar ou, excepcionalmente, pela adoção”, explica Milena.

A coordenadora do Programa afirma ainda que acolhimento e adoção são conceitos distintos.

“A começar pelo tempo de duração: o acolhimento é temporário; a adoção é definitiva”, explica Milena, acrescentando que a iniciativa conta com o apoio da equipe formada por psicóloga e assistente social.

A orientadora social Carla Campos, de 47 anos, e suas filhas Thayná, Nicole e Nathália, todas maiores de idade, participam da iniciativa e já chegaram a terceira experiência, uma diferente da outra. Depois de cuidar de recém-nascidas, agora chegou a vez de acolher uma bebê de 10 meses, que já interage. Carla fala do sentimento e diz que a experiência pode mudar, mas o amor, não.

“É um amor que não tem diferença, pois para mim é como se fosse uma neta. As pessoas que não entraram ainda para o Serviço Família Acolhedora têm medo de se apegar, já que o amor é muito grande. Mas o intuito é esse mesmo, ou seja, dar carinho e afeto. Eles precisam disso até que possam voltar para a família ou adoção. Por outro lado, nosso maior aprendizado foi entender o lado da família que precisou deixar essa criança conosco. Tem sido um aprendizado enorme, principalmente para minhas filhas que desejaram entrar na família acolhedora e um dia serão mães”, disse Carla.

Os interessados em conhecer melhor o Serviço Família Acolhedora – previsto pela Lei Municipal nº 4.754, de 12 de julho de 2021 – podem visitar a página no Instagram @familiaacolhedoramacae ou se dirigir à Av. Lacerda Agostinho, 477, Hotel de Deus, salas 327 e 329, Virgem Santa, em Macaé.

G1